Teen Wolf - New Generation
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[FP] ESSWEIN, Harleen Müller

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Mensagem por Harleen Müller Esswein Dom Set 14, 2014 11:27 am



Harleen Müller Esswein

18 anos
feminino
médiuns
lamber o cotovelo. rç
Era uma noite de tormenta na capital alemã, Berlim, quando o famoso casal Liesel Müller e Nickolas Esswein deu à luz ao par de filhos gêmeos tão esperados. Liesel e Nickolas eram parte do que restara da nobreza do país e, portanto, o nascimento de seus herdeiros fora um evento coberto ao vivo por toda rede televisiva nacional - incluindo algumas internacionais curiosas. Todos queriam ver em primeira mão as feições angelicais dos bebês mais famosos de toda Alemanha, Harleen e Caine Esswein. Como a maioria dos nascimentos de gêmeos, o parto ocorrera meses antes do que se era previsto, trazendo grandes complicações para a mãe e os filhos. As mentes mais supersticiosas acreditavam que os problemas que ocorreram no hospital foram ocasionados pela data em questão: era 31 de outubro, o único dia do ano em que a linha tênue que separava o mundo espiritual do mundo dos vivos era interrompida, e os mortos conseguiam caminhar junto aos humanos.

Quando viu-se que as crianças recém retiradas do útero de Liesel não choravam nem esperneavam, apenas sorriam de maneira sinistra, as enfermeiras entraram em pânico. Assim iniciou-se boatos de que os irmãos Müller foram possuídos pelo mal, de que eram produto do sobrenatural.


x x x

Os relatos à seguir foram retirados dos arquivos de admissão da paciente A-937 {H. ESSWEIN} do Centro Psiquiátrico Beatrice Winchowski - CPBW.


Tudo começou com um clarão. Primeiro eu pensei que fosse um incêndio na cabine do comandante, ou algo do gênero, porém, assim que não senti o calor das chamas, minha mente começou a procurar explicações mais amplas. Extraterrestres, talvez. Naquele momento poderia ser até mesmo o juízo final, quem sabe; Só consigo afirmar que tudo começou com um clarão.

Na hora havia tanto barulho que eu mal conseguia ouvir meus pensamentos. Aeromoças tentavam manter a calma dos passageiros, mesmo que o terror sobre o conhecimento de que iam morrer estivesse estampado seus rostos, uma criança berrava ao fundo e o comandante repetia informações sem parar no comunicador. Era um caos. Lembro-me de ter olhado para as poltronas espaçosas da primeira classe ao meu lado e ver minha mãe chorar. Ela também parecia saber que iríamos morrer. Papai segurava sua mão, ele mesmo segurando as lágrimas de pavor, e gritava sem parar algo como "Eu amo vocês. Eu amo vocês. Eu amo vocês". Caine, sentado ao meu lado, fazia o mesmo que eu: olhava ao redor e tentava entender que diabos estava acontecendo.

O avião começou a balançar loucamente, como uma máquina de lavar roupas quebrada dançando pelo chão. As malas começaram a cair, os compartimentos de bagagem se abrindo devido o movimento. As máscaras de oxigênio balançavam sobre a minha cabeça, zombando de mim. Em algum momento uma maleta voou para cima de mim, acertando-me em cheio. Tudo o que consigo recordar foi de ter apagado depois disso. Não sei de mais nada.


[Dra. Georgia Elspeth: E depois, Harleen? Conte-nos sobre o que aconteceu depois que você acordou, por favor.]

Eu... Eu não sei...

[Dra. Georgia Elspeth: Tente se concentrar, querida.]

Eu não posso falar, eles me avisaram que eu não posso contar à ninguém, ou iriam me matar. Não quero acabar como eles, não quero morrer... Por favor, não me obrigue à dizer...

[Dra. Georgia Elspeth: Nós vamos te proteger, ninguém lhe fará mal. Tem a minha palavra.]

Você precisa saber, não está segura. Então, vamos lá.

Assim que abri meus olhos, não conseguia me lembrar de onde estava, ou do que estava acontecendo. Após analisar o ambiente ao meu redor, fiquei ainda mais confusa. Estava deitada em uma clareira de alguma floresta desconhecida. Mais tarde, fiquei sabendo que se localizava ao norte do Canadá. As pequenas plantas que me rodeavam estavam queimando e tudo que consegui pensar foi em como seria uma pena perder tanta biodiversidade. Eu sei, um pensamento fútil para uma situação tão crucial, porém estava desesperada para tirar minha mente do que veria à seguir. Fogo. Destruição. Metal para todo lado.

O enorme avião de cruzeiro estava partido no meio, as turbinas ainda funcionando.  Enormes faíscas voavam para todo lado e gritos de agonia podiam ser ouvidos vindos dos entulhos. Tentei me sentar e me acalmar, porém fui distraída pela visão de sangue. O meu sangue. Um pedaço de metal partido estava enfiado em meu pulso direito, e, embora não sentisse dor, o ferimento sangrava loucamente. Recordo-me de ter arrancado o destroço sem dificuldade e sem sofrimento, como se estivesse tirando um band-aid. Acho que minha dor estava sendo camuflada pela adrenalina ou algo assim. Pouco importa.

Antes de conseguir me levantar para procurar minha família, um barulho ritmado encheu meus ouvidos, mantendo-me presa no lugar. Parecia o som de vários pés batendo no chão, como um exército. Voltei-me para os limites da clareira com o bosque, vi centenas de pessoas translúcidas se aproximando. Seus olhos eram brancos, sem íris, e suas bocas proferiam palavras sem som. Eram eles, os passageiros do meu vôo. Sem perceber, comecei a chorar. Mamãe, papai e Caine estavam entre os seres; e foi assim que a compreensão me chocou: estavam mortos, todos eles. Estavam vindo atrás de mim, para me fazer pagar por ter sobrevivido.

ELES ESTÃO VINDO ME PEGAR! ME TIREM DAQUI! PRECISO FUGIR! VAMOS TODOS MORRER, ELES NÃO TEMEM A ESCURIDÃO, SÃO FILHOS DELA! SOCORRO! ME. TIREM. DAQUI!


[Dra. Georgia Elspeth: Enfermeiros, sedem-na e tirem-na daqui. Isso é o suficiente. Ela está louca, até que consigamos contatar sua família a internação deve ser imediata.]

x x x

Depois do acidente de avião em que perdera os pais e o irmão, o mundo de Harleen caiu. Por nunca ter ligado para os bens materiais que seu dinheiro podia comprar, os presentes enviados por fãs da família Müller e almas caridosas que também perderam entes queridos no vôo 5678 de Quebec à Berlim não faziam diferença para a menina. Tudo o queria era estar nos braços de sua família novamente, e isso não seria possível. Perder alguém próximo já é difícil, imagine três, e tendo apenas treze anos. Para o resto do mundo isso foi motivo suficiente para que a queridinha alemã fosse internada numa instituição de recuperação, foi uma explicação plausível e segura. Pena que era mentira.

Após sobreviver à uma queda que matou 350 pessoas - sem contar a equipe de pilotos e atendentes - uma parte dela morreu, e outra acordou. Lee - como gosta de ser chamada - conseguia ver e se comunicar com os mortos, mesmo contra sua vontade. Seria atormentada por vozes que não podiam ser caladas pelo resto de sua vida.

Assim que o resgate dos bombeiros a encontrou ilesa no meio dos corpos queimados, pensaram que era um milagre. Até ouvirem-na delirar. A alemã gritava e esperneava, se debatia com medo de pessoas que não estavam ali. A única opção foi enviá-la diretamente para o Centro Psiquiátrico Beatrice Winchowski, um dos melhores hospitais psiquiátricos da América Central.

Harleen esteve sob tratamento intensivo por longos três anos, contra sua vontade. O CPBW (apelido "carinhoso" do hospital) tentava ao máximo se parecer com um colégio interno: possuía uma rotina regular de aulas (as quais Esswein sempre se destacou), atividades eletivas e um grande refeitório. Até seria um local agradável, se não fossem os gritos no meio da noite, as terapias malucas e a terrível solitária - um quarto longe de tudo e todos com as paredes acolchoadas, onde os pacientes eram trancados nas tradicionais camisas de força. A experiência em si devia ser traumatizante para um paciente comum, mas, para Lee, era um inferno, já que convivia também com os espíritos de todos aqueles que morreram no centro.

Foram nas horas de ócio do tratamento em que a menina desenhava. Desde pequena tivera um toque artístico notável, era muito talentosa. Após muito insistir conseguira permissão para guardar consigo um bloco grosso de desenho, com a capa de couro preta simples, e um estojo com vários pedaços de grafite para rabiscar. Andava para cima e para baixo com seu "diário", combatendo sua natureza pacífica para espancar qualquer um que tentava roubá-lo. Outra habilidade que aprimorou no seu tempo de "louca" foi a de hacker. À noite gostava de invadir o laboratório de informática e trabalhava em seu pequeno projeto secreto: ajudar mulheres que desconfiavam do marido, invadindo seus registros bancários e contas de e-mail e redes sociais. Três anos foram o suficiente para se tornar uma mestre em computadores, aprender tudo sozinha e ganhar dinheiro por sua conta. A renda obtida ia para uma conta secreta criada também pelo computador, e estava destinada à uma futura fuga do estabelecimento.

Assim que foi libertada do hospital, passou a morar com a avó materna que vivia em Nova Orleans. Magda Müller fugira da Alemanha logo que a filha ficou velha o bastante para se virar sozinha. Assim que ouviu os relatos da ficha de Harleen, explicou à neta que sim, acreditava nela. As mulheres da família Müller, geração sim, geração não, eram donas de um dom. A mediunidade, como explicara, era geralmente ativada por um grande evento de transformação - nesse caso, a queda do avião - e era necessário anos de treino para aprender a conviver com a mesma.

Magda, aos seus 64 anos, estava particularmente animada em ajudá-la. A primeira providência foi matricular Harleen no internato local, Robichaux Academy, onde estaria perto o suficiente da avó, caso precisasse de ajuda. Sempre que podiam, as duas se reuniam para conversar sobre o assunto, mesmo que a jovem escondesse algo muito importante: os espíritos estavam inquietos, pareciam querer tomar-lhe o corpo como vingança. Seu dom estava saindo do controle.
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Mensagem por Delphine Marie Delacourt Dom Set 14, 2014 5:09 pm

FICHA APROVADA!
Parabéns Harleen, e bem vinda ao Robichaux Academy! Esperamos que se divirta muito por aqui, ainda sim seguindo as regras do fórum.
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